O Projecto Escola Saudável do Agrupamento de Escolas de Campo Maior (PES) tomou conhecimento dos dados apresentados por um estudo apresentado no congresso português de endocrinologia, que revela que cerca de 50% das crianças em idade escolar revela carência de iodo. O estudo foi desenvolvido pelo Grupo de Estudos da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, com o apoio da farmacêutica Merck Serono. Este estudo sobre o aporte de iodo na população infantil foi coordenado pelo Dr. Edward Limbert e iniciou-se em 2005.
Os indicadores obtidos revelam que tem de se intervir ao nível da alimentação em idade escolar, pois os dados são graves: quase metade das crianças portuguesas em idade escolar têm carência de iodo, sendo que 35,1 por cento têm um aporte de iodo ligeiramente insuficiente, 11,8 moderadamente insuficiente e 2,2 uma carência grave – valores que potenciam possíveis problemas na tiróide, que se podem traduzir, por exemplo, em défices cognitivos e de crescimento e, nos casos mais graves, em doenças como o bócio.
Os dados relativos ao estudo desenvolvido no nosso distrito, o distrito de Portalegre, apontam para uma carência de iodo em cerca de 25% das crianças com idades compreendidas entre os 6 e 12 anos. A carência de iodo é mais grave até aos 2 anos de idade, mas este estudo não incidiu nessa faixa etária.
A OMS sugere a iodização do sal de cozinha como forma de contrariar este défice, mas uma opção alimentar correcta é fundamental, passando pela escolha mais frequente de alimentos com origem no mar, como é o caso do peixe, dos mariscos e das algas.
O PES, nas suas sugestões para uma alimentação saudável para toda a comunidade, não deixa passar em claro os benefícios de uma dieta rica em peixe.
A carência de Iodo é a principal causa do bócio endémico!
O bócio endémico pode ser prevenido!
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