COMPORTAMENTOS DE RISCO NA ADOLESCÊNCIA

A adolescência, é quase por definição, uma idade de riscos e exageros, em que alguns casos, podem trazer graves consequências para o resto da vida. Os comportamentos de risco proliferam em "cada esquina", principalmente, em grandes centros urbanos. É a idade das experiências e das inexperiências, da inconsciência, das aparências e das ilusões, que por vezes levam a um desaparecimento precoce de quem já pensa estar em idade adulta. É a idade dos apelos e das tentações e... o mercado... sabe disso. Aliás, sempre soube.

No jornal Público foi publicado um artigo que retrata uma actividade de sensibilização e prevenção do consumo de substâncias psicoactivas, nomeadamente, do álcool, junto da população adolescente. Esta acção foi desenvolvida pelo médico psiquiatra,  Luís Patrício, ex-director do centro das Taipas, que andou no terreno com um kit de prevenção, que consiste numa mala metálica com cerca de 15 quilos de diversos materiais, que transportou durante a noite de passagem de ano, para explorar junto de jovens adolescentes que se divertiam "bebendo uns copos", desmistificando algumas falsas ideias comuns à generalidade.

A venda de álcool em Portugal é proibida a menores de 16 anos, mas o Projecto Escola Saudável (PES) do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, tal como a maioria da população, incluindo os Encarregados de Educação, tem consciência que a percentagem de jovens que experimentam o consumo de álcool antes desta idade atinge proporções elevadas. Dados recentes revelados por Augusto Pinto, da Unidade de Alcoologia de Coimbra do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) indicam que cerca de 80 por cento dos jovens com 15 anos consomem bebidas alcoólicas em Portugal.  O Dr. João Goulão, presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) reconhece o dificuldade de uma fiscalização eficaz à venda e consumo de álcool por menores de 16 anos, especialmente em bares e discotecas. Se estes factos são do conhecimento geral, então todos temos responsabilidades e obrigação de agir, não comentando apenas: -"Sempre foi assim!" 

Neste artigo, além da descrição desta acção, são também referidos aspectos pertinentes que são transversais à maioria e dos quais é possível retirar algumas conclusões. São mencionados dados que deveriam ser do conhecimento de todos e, especialmente, dos técnicos que aconselham, mas que muitos desconhecem, como por exemplo as doses associadas a patamares de risco.

O papel dos pais e encarregados de educação é fundamental e não foi descurado, bem como o dos professores e restantes educadores.

Este artigo é de leitura obrigatória.

Veja o vídeo desta acção nocturna em: 



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