
«O diagnóstico na criança é dificultado pela duração e variação dos episódios, já que, regra geral, não duram os sete dias que são necessário para se determinar um episódio de mania», explica Paula Correia, pedopsiquiatra do Centro Hospital da Cova da Beira, na Covilhã.
Como a criança pequena não consegue transmitir através da linguagem verbal o que está a acontecer dentro de si, «é difícil para os outros (família e grupo de pares) entenderem o que se está a passar». E isto decorre do facto de haver uma «inconstância do humor», que alterna entre a euforia e a tristeza. Uma criança que sofre de uma doença bipolar pode, inclusive, manifestar sentimentos «megalómanos» face à realidade envolvente num momento, mas, passado algum tempo, sentir-se inferiorizada.
Que sintomas?
Na maioria dos casos a hiperactividade é um sinal muito frequente. Mas, segundo a pedopsiquiatra, têm de estar presentes outros sintomas como: «a grandiosidade, a fuga de ideias, a elação do humor». Com base nestes elementos consegue-se traçar um diagnóstico «preciso e longitudinal», que é efectuado ao longo do tempo. «É necessário ter em atenção a mudança de comportamento da criança e as alterações no estado mental», esclarece.
Já na adolescência, embora os sintomas sejam semelhantes aos da criança, com a diferença que têm um prolongamento maior no tempo, «há um risco de tentativa de suicídio». Para evitar estas situações, para além da terapêutica farmacológica, que consiste na prescrição de estabilizadores de humor, «tem de haver um apoio psicológico dos jovens e da família»."
in: http://saude.sapo.pt/artigos/senior/ver.html?id=1031909&pagina=1
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