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Escola e a sua componente social e cívica.

A escola é uma fonte de saber e de educação. A educação é um dos pilares da sociedade, que é "coisa viva", que teima em evoluir. Evolução essa, que nem sempre segue o trajeto desejado... mas o que é certo... é que mudou. Mesmo dentro, dos alegados exemplos "clássicos"... aqueles que sempre existiram ou sempre se fizeram, algo mudou. Mudou a forma, as modalidades, a frequência com que se fazem, a intensidade... até o modo como os sentimos se alterou, porque a nossa personalidade individual e social também mudou.

Sempre houve bullying, é verdade. Mas isto significa o quê? Que sempre esteve certo, ou que sempre esteve errado? Pois... esta também é clássica!

A violência física e verbal nas escolas, locais de trabalho, na Internet existem, são mais frequentes do que se desejava e supõe, mas são uma realidade a maioria das vezes camuflada por variadíssimos motivos. Normalmente, estes fenómenos apenas ganham notoriedade por acontecimentos infelizes e fatais, como são exemplo o do rapaz que morreu afogado em Mirandela (vide http://pescm.blogspot.pt/2010/03/bullying-nas-escolas-dados-apontam-para.html), ou o recente caso de Amanda Todd, a jovem canadiana que se suicidou por ser vítima de ciberbullying durante 3 anos (vide http://www.publico.pt/Sociedade/jovem-pos-fim-a-vida-apos-tres-anos-de-bullying-com-fotografia-onde-estava-nua-1567928).

Nos últimos anos têm sido tornado públicos vários estudos, oriundos de várias entidades, governamentais ou não, cujos dados devem ser sinais de alarme. No passado mês de setembro, através da sua revista PROTESTE, a A Associação de Defesa do Consumidor DECO publicou os resultados de um estudo, que revela situações e dados interessantes, incluindo por exemplo, referências ao fenómeno de mobbing, que é fenómeno muitas vezes desprezado e que se refere ao bullying nos contextos de trabalho. Este artigo pode ser consultado na íntegra através do link: https://docs.google.com/open?id=0Bzidppp8A79sZUJ4a1htTUY2ZlU
Salientam-se alguns dados relevantes deste estudo da DECO, não deixando de aconselhar a leitura integral do artigo. Este estudo decorreu durante o mês de novembro de 2011 (tem um ano) e baseou-se na aplicação de um questionário a uma amostra representativa da sociedade portuguesa, a pessoas com idades compreendidas entre os 18 e 64 anos de idade. 32% dos inquiridos pela DECO afirmaram já terem sido vítimas de bullying.


 

 

Portal do Bullying:
http://www.portalbullying.com.pt/


Publicações anteriores sobre o tema:

http://pescm.blogspot.pt/search/label/bullying

Perto de cinco mil alunos vítimas de violência escolar - campanha da APAV - “Corta com a Violência: quem não te respeita não te merece”

A violência escolar é uma realidade que não podemos camuflar. Ela existe em todas as escolas, em maior ou em menor grau e temos de enfrentá-la. No nosso agrupamento também existe e todos fazemos um esforço e desenvolvemos estratégias para contrariar esta situação. O sucesso de qualquer medida implementada depende, obviamente, do empenho e seriedade com que todas as partes encaram o problema, nomeadamente, a escola, o aluno e a família. O Projeto Escola Saudável do Agrupamento de Escolas do Concelho de Campo Maior (PES) também tem esta missão e encara-a com afinco.

Nas recentes reuniões que os diretores de turma realizaram com os respetivos encarregados de educação dos seus alunos, foram analisados de forma detalhada os dados estatísticos da indisciplina ao nível de todo o agrupamento ao longo deste ano letivo, o que possibilitou alguma reflexão e uma noção mais realista e mensurável da situação atual. Estes dados foram disponibilizados pela Equipa Promotora da Disciplina que existe no Agrupamento.

O Relatório Anual de 2010 do Sistema de Segurança Interna, elaborado a partir dos dados adquiridos no Programa Escola Segura, revela que no Ano letivo 2009/2010 registaram-se 4713 ocorrências em contexto escolar em todo o território nacional: 33 em cada 100 ocorrências consistiram em ofensas à integridade física; 27 em furtos, 11 em injúrias e ameaças, sete em situações de roubo e aproximadamente três em ofensas sexuais.

Perante os dados nacionais, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) desenvolveu uma campanha especialmente dirigida a crianças e jovens.

 A campanha chama-se “Corta com a Violência: quem não te respeita não te merece”. O objectivo desta campanha é sensibilizar, em particular os mais jovens, para algumas formas de violência que têm lugar no contexto escola, designadamente o bullying, a violência sexual e a violência no namoro, através de uma abordagem preventiva e simples que não se limita a evidenciar factos mas que é promotora de uma atitude: Quem não me respeita não me merece.

Por outro lado, procurou-se chamar a atenção para formas de violência mais subtis e frequentemente menos valorizadas, não apenas pelos jovens mas também pela comunidade em geral: o gozo, a humilhação e intimidação, os comentários e toques de natureza sexual e as atitudes controladoras nos relacionamentos de namoro. Ainda que usualmente menos graves em termos de impacto físico, sabemos que a utilização e tolerância a estes comportamentos podem preceder a ocorrência de actos de violência mais graves.

A APAV, através da sua rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua rede de voluntariado, tem procurado dar visibilidade à violência exercida contra as crianças e os jovens através da sua acção junto dos alunos no seio da comunidade escolar, alertando para as diferentes formas de violência e para a importância de denunciar e pedir ajuda.

Corta com a Violência: 
quem não te respeita não te merece!

Para saber mais:

Vídeo com notícia:

Prémio Europeu de Prevenção da Criminalidade. Tema "Desporto, Ciência e Arte na Prevenção do Crime entre Crianças e Jovens". Candidaturas até 15 de Setembro


Prémio Europeu de Prevenção da CriminalidadeO Prémio Europeu de Prevenção da Criminalidade, organizado pela Direcção-Geral de Administração Interna (DGAI), representante nacional na Rede Europeia de Prevenção da Criminalidade (REPC), dirige-se a todas as entidades interessadas em apresentar uma candidatura.

Subordinado ao tema "Desporto, Ciência e Arte na Prevenção do Crime entre Crianças e Jovens", o prémio visa obter exemplos divulgáveis na prevenção e no combate da criminalidade e da delinquência que ameaça as crianças e os jovens.

As candidaturas devem ser submetidas à DGAI até 15 de Setembro, através do preenchimento de um questionário em inglês.

A DGAI selecciona o projecto vencedor a nível nacional e submete-o à REPC até 15 de Outubro. O Prémio é entregue durante a realização da Conferência Anual de Boas Práticas da REPC.

Consulte aqui mais informações ou em www.dgai.mai.gov.pt.

Fontehttp://www.drealentejo.pt/default.asp?action=news&idnews=2070

Portal do Bullying - um (1) ano a servir e ajudar

O Portal do Bullying foi criado há um ano e constitui um centro de ajuda online, procurado por jovens, pais, outros familiares e professores. Num ano de actividade teve mais de 40 mil visitas e deu mais de 700 respostas a diversas situações. O Portal do Bullying é coordenado pela Mestre em Saúde Escolar Tânia Paias, que é licenciada em Psicologia Clínica e  está a desenvolver o seu doutoramento investigando o fenómeno do bullying.
O portal possibilita a troca de e-mail, conversação online em tempo real e a troca de impressões e experiências num espaço de fórum.

O fenómeno do Bullying escolar, incluindo o Cyberbullying, têm vindo a tomar proporções preocupantes que têm  levado à tomada de medidas por várias entidades, o que incluiu medidas legislativas, penalizando criminalmente este fenómeno. É fundamental a queixa das vítimas ou de quem tenha conhecimento das situações, pois grande parte dos casos ainda passam impunes por não serem expostos. Há ainda um grande percurso a percorrer e todos somos peças da engrenagem da máquina que quer colocar um STOP AO BULLYING.

Visite o Portal do Bullyin em:

Hoje, dia 11 de Fevereiro, está a decorrer o 1.º Encontro de Bullying em Lagoa, subordinado ao lema: "mais informação, mais intervenção".

Fontes: 




O BULLYING NO YOUTUBE

Crime público de violência escolar aprovado em Conselho de Ministros

O Projecto Escola Saudável do Agrupamento de Campo Maior fez eco neste espaço, de algumas notícias da sociedade, relativas a violência escolar e bullying que surgiram ao longo do ano lectivo anterior, nomeadamente, do caso de Mirandela.

Este tipo de fenómenos tem-se manifestado de forma crescente nas escolas e, por vezes, atingido proporções preocupantes, com graves consequências, o que obriga à tomada de medidas incisivas e objectivas, justificando o facto da prevenção da violência ser também uma das áreas prioritárias da saúde escolar. O número de queixas, por parte de professores, alunos, encarregados de educação e auxiliares de educação na Procuradoria Geral da República aumentou significativamente nos dois últimos anos.

Todos os intervenientes no processo educativo foram-se manifestando relativamente a esta problemática e a tutela também sentiu necessidade de intervir e legislar sobre o assunto, proporcionando novos meios de acção às entidades competentes. Uma das medidas consiste na proposta de Lei que prevê que seja considerado crime público a violência escolar, que foi aprovada em Conselho de Ministros.

Transcreve-se a informação publicada a 29 de Outubro no Portal da Educação sobre a temática:

"A proposta de lei que prevê a criação do crime público de violência escolar foi aprovada em Conselho de Ministros. Esta proposta baseia-se no modelo de incriminação já utilizado pelo Código Penal para os crimes de violência doméstica e de maus-tratos.

Este projecto cria o crime de violência escolar, englobando os maus-tratos, reiterados ou muito graves, físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais, a qualquer membro da comunidade escolar a que também pertença o agressor.

O crime de violência escolar é punido com uma pena de prisão de 1 a 5 anos. Nos casos em que resulte a morte da vítima em virtude dos actos praticados, a pena poderá ser agravada entre 3 e 10 anos. Além disso, nas situações em que se verifique ofensa grave à integridade física, o agravamento situa-se entre 2 e 8 anos.
No caso em que os agentes sejam menores, com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos, apesar de serem inimputáveis para efeitos de lei penal, a criação de crime de violência escolar permitirá a aplicação de medidas tutelares educativas.

O novo crime de violência escolar abrange o fenómeno designado como bullying, cujos efeitos, além dos imediatamente produzidos na integridade pessoal das vítimas, se repercutem no funcionamento das escolas e na vida diária das famílias.

Além da punição inerente à prática daqueles actos, pretende-se que a tipificação do novo crime de violência escolar produza efeito dissuasor, contribuindo para a manutenção da necessária estabilidade e segurança do ambiente escolar."

 In: http://www.min-edu.pt/np3/5254.html   

Notícias nos media:

Bullying terá levado a morte em Mirandela!

Esta semana, um acontecimento triste marca todas as escolas do país. Um jovem de Mirandela, ter-se-á suicidado, atirando-se ao rio Tua, por ser vítima sistemática de bullying, que é um fenómeno horrível, pouco abordado, mas que infelizmente, é uma realidade crescente e presente nas nossas escolas e na sociedade, de uma forma geral. Ele existe, não devemos escondê-lo... devemos combatê-lo!

O Projecto Escola Saudável (PES) da Secundária de Campo Maior não fica indiferente a esta situação e deixa aqui expresso todo o nosso pesar para com a família do Leandro e toda a comunidade educativa de Mirandela, bem como, toda a nossa revolta e manifestação contra o Bullying.

No Portal da Juventude (in: http://juventude.gov.pt/Portal/SaudeSexualidadeJuvenil/TemaMes/98_bullying.htmexiste uma caracterização bastante completa, que embora seja do conhecimento geral de todos, convém recordar para que fiquemos mais atentos e comecemos a ter um papel mais interventivo:

O BULLYING...

O bullying é um comportamento que se caracteriza pela ameaça ou agressão.
O bullying é um comportamento que se caracteriza pela ameaça ou agressão (psicológica ou verbal) de forma intencional e repetida e que ocorre sem motivação evidente.

Este comportamento é praticado por um sujeito (designado de bully - valentão) ou por um grupo de sujeitos, com o objectivo de intimidar ou agredir outro sujeito ou grupo de sujeitos. É perpetado por crianças ou jovens que têm, por qualquer motivo, mais força e poder que a vítima.

A escola é um dos lugares onde o bullying é praticado com frequência, uma vez que neste espaço convivem diariamente crianças e/ou adolescentes. Pode ocorrer dentro ou fora da escola, em zonas onde a supervisão adulta é mínima ou inexistente e não está restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.

O bullying é um problema grave que acontece todos os dias, um pouco por todo o mundo, e que pode levar a vítima à depressão, à perda de auto-estima e, em último caso, ao suicídio conhecido por "bullycide".

Caracterização do bullying
O bullying divide-se em duas categorias:

Bullying directo - é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos;

Bullying indirecto - conhecido como agressão social, é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social.

Este isolamento é obtido através de várias técnicas (espalhar comentários; intimidar outros que desejam relacionar-se com a vítima; criticar o seu modo de vestir, a sua etnia ou religião, incapacidades…).

Existem 5 tipos de actores co-implicados no bullying:

1.Agressor – pretende obter força, poder e domínio; ter fama e popularidade na escola amedrontando os outros;
2.Vítima;
3.Defenders – alunos que defendem as vítimas e são contra o bullying;
4.Bystanders – alunos que presenciam a situação e reforçam positivamente a acção do agressor;
5.Outsiders – alunos que não se manifestam nem de forma positiva nem de forma negativa perante o bullying.

A potencial vítima pode ser uma criança ou um jovem que apresente determinada característica que a torne um alvo fácil, como por exemplo, ser mais gorda/magra, gaguejar, usar óculos... Os pais e educadores devem estar atentos a possíveis sinais (fobia à escola, baixo rendimento, depressão, baixa auto-estima, etc.) que possam surgir por parte dos filhos ou alunos. O bullying não deve ser confundido com as brincadeiras que normalmente acontecem na infância e adolescência.

Técnicas de bullying
Os bullies combinam a intimidação e a humilhação para atormentar os outros. Por exemplo:

  • Roubar e/ou danificar objectos pessoais de uma pessoa, como livros ou material escolar, roupas…
  • Espalhar rumores e comentários negativos sobre a vítima (trocar e passar mensagens ou bilhetes falando mal da pessoa em causa);
  • Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a;
  • Fazer comentários negativos sobre a família da pessoa, sobre a sua aparência pessoal, orientação sexual, religião, raça, nível de vida, nacionalidade…
  • Levar a vítima ao isolamento social;
  • Praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em variados sites);
  • Fazer chantagem;
  • Utilizar expressões ameaçadoras;
  • Chamar nomes aos colegas;
  • Agredir física e/ou verbalmente colegas, de forma sistemática e prolongada no tempo;
  • "Fazer chacota" (cochichar) continuamente sobre a vítima;
  • Tirar bens aos colegas (dinheiro, objectos pessoais...).
Efeitos do bullying
Quando praticado de forma persistente pode ter um ou vários efeitos no sujeito e/ou no ambiente onde ocorre.

Efeitos sobre o sujeito:
  • Ansiedade Sensibilidade a determinadas brincadeiras;
  • Perda de auto-estima;
  •  Tristeza e irritação;
  • Medo de expressar emoções;
  • Problemas de relacionamento;
  • Abuso de drogas e álcool;
  • Auto-mutilação e mesmo suicídio (bullycídio)
Efeitos no ambiente escolar:
  • Níveis elevados de abstinência escolar;
  • Alta rotatividade do quadro de pessoal;
  • Desrespeito pelos professores;N
  • Número de faltas elevado;
  • Porte de arma por parte de crianças com o objectivo de se protegerem
Quais são as consequências do Bullying sobre o ambiente escolar?
Quando não existe uma intervenção efectiva contra o bullying, o ambiente escolar torna-se problemático. Todos os intervenientes no espaço escolar são (sem excepção) afectados de forma negativa, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo que poderão desencadear outros ainda mais graves para a sociedade, como o abandono escolar, doenças psicossociais...

Para a eliminação da violência na escola, devem ser criadas e tomadas as medidas necessárias por parte das entidades responsáveis. Quando são bem aplicadas e é envolvida toda a comunidade escolar, contribuem para o convívio saudável e equilibrado, ou seja, para a formação de uma cultura de não-violência na escola, e de uma forma mais geral, na sociedade.

Para saber mais:
www.bullyingescola.com/
http://www.violencia.online.pt/
http://www.dgsaude.pt/
http://www.bullyonline.org/
http://www.childline.org.uk/
http://www.stopbullyingnow.com/
http://www.psicologia.org.br/
http://juventude.gov.pt/Portal/SaudeSexualidadeJuvenil/TemaMes/98_bullying.htm

DEVEMOS HONRAR O LEANDRO...
 COMBATENDO O BULLYING... SEMPRE!