Notícia Rádio Renascença - 12-02-2012 18:49
Quebra dos últimos dias já foi superada, mas Hélder Trindade reafirma que é necessário continuar com as dádivas.
O presidente do Instituto Português do Sangue (IPS) pede que os portugueses mantenham a dádiva de sangue durante todo o ano, para evitar picos seguidos de quebras que não beneficiam os “stocks”.
Questionado sobre a reacção dos portugueses após o alerta da redução das reservas de sangue, Hélder Trindade disse que "reagiram muito bem", já que perceberam a necessidade de "serem solidários", mas não adiantou se estas são agora suficientes.
"Houve um aumento, se são ou não suficientes vamos continuar a analisar nos próximos dias", afirmou.
Na quinta-feira, Hélder Trindade disse que as reservas de sangue dos grupos A e 0 negativos eram, na altura, suficientes para "dois ou três dias", apelando aos dadores de sangue que voltem a doar.
As dádivas de sangue baixaram, então, em cerca de 20% na sequência de notícias sobre o desperdício de plasma em Portugal, disse na quinta-feira o secretário de Estado adjunto da Saúde, Leal da Costa, em Lisboa.
Contrariamente ao habitual, hoje (12 de fevereiro) o IPS esteve aberto em Lisboa, Porto e Coimbra, podendo vir a estar também aberto no próximo domingo se for necessário continuar com as recolhas de sangue.
Hélder Trindade afirmou que o fim da isenção do pagamento das taxas moderadoras das urgências hospitalares pelos dadores pode também ter sido um motivo para a redução, mas destacou que estes cidadãos continuam isentos nos serviços primários e que se pretende sobretudo "dadores benévolos".
Actualmente há em Portugal 370 mil dadores de sangue, um número considerado "confortável" pelo presidente do IPS, acrescentando que o Instituto "gosta de ter ‘stocks’ estáveis para 20 a 25 dias".
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