Obesidade infantil - "um perigo dos tempos, que encurta o tempo de vida...

Dados recentes da OMS revelam que, após muitos anos de aumento gradual, a esperança média de vida em Portugal diminuiu. Em suma, estima-se à nascença, que qualquer português recém-nascido viva menos tempo do que era esperado há poucos anos atrás.

A explicação é simples. A superalimentação tão falada para países desenvolvidos, em que os Estados Unidos da América são um exemplo supremo de população obesa, está a instalar-se em Portugal, tendo uma incidência preocupante nas camadas jovens. A obesidade infantil é um problema de saúde pública grave. 

A dieta mediterrânica, que recentemente foi alvo de uma petição pública para ser candidata a património cultural da UNESCO pelas suas indubitáveis vantagens, está a desvanecer-se das mesas do povo. Há pouco mais de uma década, o conceito de "fast food" no nosso país esbarrava quase sempre no simples "frango assado", mas hoje, este conceito está tão alargado e enraizado em certos sectores, que se torna cansativo enumerar os géneros que o integram.  O stress da vida quotidiana, com o tempo sempre contabilizado ao segundo são a "desculpa" mais usada para justificar a acesso e recurso a "fast food" e outras "coisas" afins. Um sinal da mudança dos tempos é a chegada ao nosso país de um conhecido reality show para obesos. No primeiro dia de inscrições, estas foram aos milhares.

O Projecto Escola Saudável do Agrupamento de Escolas de Campo Maior (PES) tem consciência do aumento da incidência da obesidade na população, nomeadamente, em crianças e jovens em idade escolar e tem desenvolvido acções visando esta temática e continuará a fazê-lo ao longo do ano. As escolas têm uma preocupação crescente em dar uma oferta alimentar saudável e diversificada, quer ao nível do bufete, como dos refeitórios, mas as tentações exteriores são cada vez mais fortes. É cada vez mais fácil o acesso a cafés, pastelarias, supermercados e outros localizados perto dos estabelecimentos escolares, onde crianças e adolescentes compram todo o tipo de guloseimas e comidas hipercalóricas. O marketing é cada vez mais agressivo e dirigido. A faixa etária dos 12 aos 18 é a mais preocupante. Aqui, é fundamental a intervenção dos Encarregados de Educação, nomeadamente, no controlo e gestão do dinheiro que dão aos seus filhos e nas autorizações fornecidas para saída dos recintos escolares.

Nos lares, a alimentação errada é também cada vez mais recorrente e, em tempos de crise como os anunciados, tem tendência a aumentar.

 A luta contra a obesidade infantil é de todos: das escolas, dos alunos e das famílias. Ninguém pode virar a cara!  

O PES sugere a visita da Plataforma Contra a Obesidade, um projecto que envolve várias parcerias e onde pode ter acesso a receitas saudáveis, planos de actividade física adaptados, entre outras iniciativas interessantes. A outra sugestão passa pela visita à página electrónica da Associação Portuguesa de Nutricionistas.

NÃO FIQUE GORDO! MEXA-SE!
TENHA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL!


Visite os seguintes endereços electrónicos:
Plataforma Contra a Obesidade:

Obesidade Infantil:

Associação Portuguesa de Nutricionistas:
  

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